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Foto do escritorFernanda Trigo Costa

Nutrindo a Educação e educando a Nutrição

Hoje, aqui pensando sobre o dia do professor, dei-me conta que tenho vivido em meio a educação desde quando me formei nutricionista. Depois de 14 anos, em contato diário com alunos do Ensino Básico, estou próxima a completar 4 anos de atuação no Ensino Superior. Então hoje, é a minha história de amor com a educação e a nutrição que vai alimentar o dia dos Professores!

"O ambiente escolar é, por si só, transformador. Estar em uma escola, para aqueles que costumam refletir sobre o que observam, ouvem e sentem é uma oportunidade grandiosa de crescimento e desenvolvimento não só profissional, mas pessoal.


Preparar alimentos denota um envolvimento íntimo com os que os consomem, pois há implícito no ato de comer o fazer social, a satisfação, a emoção, o encantamento.

Preparar e distribuir alimentos no ambiente escolar, observar, ouvir e sentir as reações dos alunos é algo que transforma o nutricionista. Por vezes se perdem os nutrientes e ficam apenas as emoções das crianças alvoroçadas no momento do prazer da refeição.


E é neste momento que o nutricionista se depara com a realidade de que também é um educador, em sua mais profunda essência.


E neste mesmo momento nasce o desejo e a curiosidade de fazer melhor, buscar técnicas para que os alunos possam desenvolver capacidades que os tornem autônomos em relação à sua saúde, que sejam capazes de escolher, na escola e na vida, as melhores opções alimentares, dentre as milhares existentes.


Com base nessa reflexão, o papel social do nutricionista fica mais claro, como agente transformador, contribuindo para a formação global do indivíduo, partindo da prática, refletindo sobre ela e voltando à prática aprimorada."


O texto acima é um trecho da introdução da minha dissertação de mestrado. Em 2013 eu coloquei pra mim mesma, como meta em 3 anos, ter concluído o mestrado. Em junho de 2016 eu defendi minha dissertação que falava sobre o quê? Educação Alimentar e Nutricional.

Eu sempre quis estar na sala de aula. E eu estava, todas as vezesem que surgia uma oportunidade. Estar na sala de aula alimenta a minha alma, mesmo que seja à distância.

É nesse momento, compartilhado, por meio da palavra, do som, das imagens, do fazer e das emoções, que a educação acontece e as pessoas ganham vida. Não há transmissão de conhecimentos e, sim, construção de representações únicas, para cada participante. E a cada troca, sinto a reconstrução de mim mesma. Jamais saio de uma aula como cheguei. A aula termina e costumo concluir que mais uma sementinha foi plantada e que tenho novos desafios. Isso me faz renascer todos os dias.

Estudar e viver a educação, tema por vezes superficial para o nutricionista, faz com que eu possa rever constantemente minha prática e caminhar para ações cada vez mais significativas.


Não é sobre reconhecimento. Não é sobre remuneração. Não é sobre valorização.

É sobre sentir aqui dentro que é pra isso que eu vim ao mundo. E quando a gente sente essa verdade, não tem como deixar de acreditar, de lutar e de "esperançar".


Seguirei nutrindo a Educação e educando a Nutrição, rumo a uma sociedade mais justa e mais humana.

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