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Foto do escritorFernanda Trigo Costa

"O ursinho Koala": uma história para o filho ou para a mãe?



Uma história terapêutica (original) para “ansiedade da separação”, escrita para um garoto de quatro anos que estava tendo dificuldade de se separar da sua mãe na escola.


A história foi adaptada pensando em ajudar um garotinho de 3 anos na dificuldade em deixar a mamadeira e migrar para o copo/outros alimentos.


Por Suzan Perrow - Histórias Curativas para comportamentos desafiadores, adaptada por Fernanda Trigo Costa.


Ilustrações: Elis, Heitor e

Fernanda Trigo Costa.



Mamãe Ursa Koala e seu filhinho viviam na mais alta árvore. O dia todo Mamãe Ursa subia de um galho para outro, pegando poeirinhas de leite para fazer a mamadeira de seu bebê

faminto. Quando todas as poeirinhas de leite de um galho terminavam, subia para o próximo galho, com o bebê Koala segurando firme em suas costas:



Mamãe Koala sentada numa árvore

Bebê Koala chorando “Estou com fome”!

Pegando poeirinhas de leite para o café e lanche da tarde,

Tomando a mamadeira,

Glup, Glup, Glup.

Pegando poeirinhas de leite para o bebê dormir,

Tomando a mamadeira,

Glup, Glup, Glup.


Quando todas as poeirinhas de leite de um galho terminavam, subia para o próximo galho, com o bebê Koala segurando firme em suas costas:




Mamãe Koala sentada numa árvore

Bebê Koala chorando “Estou com fome”!

Pegando poeirinhas de leite para o café e lanche da tarde,

Tomando a mamadeira, Glup, Glup, Glup.

Pegando poeirinhas de leite para o bebê dormir,

Tomando a mamadeira, Glup, Glup, Glup.


Havia tantos galhos na árvore que, todo dia, Mamãe Koala mudava para um novo galho para encontrar mais poeirinhas de leite para seu bebê. Todo dia, para cima ou para baixo, ela subia ou descia com seu bebê Koala nas costas. Ele estava sempre tão faminto!


E cada dia o Bebê Koala crescia cada vez mais, tomando grandes mamadeiras no café, lanche da tarde e antes de dormir – crescendo cada vez mais! Quanto mais ele crescia, mais pesado ele ficava, até que ficou tão pesado que era difícil para a Mamãe Koala carregá-lo nas costas – e ainda mais difícil subir e descer da árvore com ele.


Mamãe Koala estava ficando cansada desse trabalho duro. Um dia, enquanto estava sentada num galho e o bebê estava chorando – Estou com fome! –, Mamãe Koala estava tão cansada que caiu no sono. E dormiu tão pesado que o Bebê Koala não conseguia acordá-la, não importava o quanto gritasse. Finalmente, o Bebê Koala desceu das costas da mãe e sentou-se num galho perto da mãe adormecida. Em cima, ele não via poeirinhas de leite e nem sua mamadeira, mas folhas verdes que pareciam muito gostosas para comer – ele estava com tanta fome! Como ele gostaria de pegar aquelas folhas suculentas para seu café!


Bebê Koala pensou – talvez eu seja grande o suficiente para subir sozinho e pegar as folhas suculentas pra mim. Ele sentou-se por um tempo – as folhas estavam tão suculentas...

Então ele começou a subir no tronco – ele tinha um pouco de medo, mas foi mais fácil do que ele imaginava. Suas patas tinham crescido e eram grandes e fortes. Elas impediam que ele caísse.




Para cima e para cima, cada vez mais alto, ele subia, até que alcançou o próximo galho.



Arrastou-se com cuidado. Olhando para baixo, ele via sua mãe dormindo e também avistou sua mamadeira no galho de baixo. Ele estava tão alto que se sentia corajoso. Bem na sua frente, estavam folhas suculentas, ele pegou algumas para seu café e sentou-se sozinho na árvore, comendo.




Mais tarde Mamãe Koala acordou e olhou em volta. Onde estava seu bebê? Ela olhou para baixo, ele teria caído? Bebê Koala não estava em lugar nenhum. Então ela ouviu um barulho e olhou para cima. Lá estava seu bebê num galho mais alto, ele não era mais um bebê, mas um Koala sozinho, tomando seu café da manhã. Mamãe Koala sorriu.


Então subiu na árvore e sentou-se com seu Urso Koala. Juntos pegaram as folhas suculentas para o café da manhã e café da tarde e comeram, Nham, nham, nham. Nham.


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