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O vale da vida: origem e retorno.

Foto do escritor: Fernanda Trigo CostaFernanda Trigo Costa

O início do ano marca um momento de reencontro, recomeço, retomada...

Temos essa oportunidade em cada amanhecer, porém é comum renovarmos as

esperanças na chegada do ano novo.


Mas no desejo de recomeçar, de onde partimos?

Na esperança do novo, em relação a quê?


O vale da vida foi escrito para que possamos nos lembrar

para onde retornar quando for preciso traçar um novo caminho.


Por Fernanda Trigo Costa


Da natureza, o brilho

Do sol, da água, dos olhos

Do início e do sempre

Da esperança

Do amor


Sortudas rochas paradas ali

Um importante momento a apreciar

A vida

Da semente surgir

Entre as montanhas do vale brotar


Foi preciso brisas, vento e mar

Lua, calor, terra e ar

Fadas, anjos e arco-íris

Para essa semente abençoar


Estrelas douradas por ela oraram

Desceram do céu e a esperaram

Até a primeira folhinha despontar

E por ela nunca deixarem de olhar


Corações ao lado

Ritmaram seu crescimento

Desde o primeiro respirar

E durante todo o

Seu encantamento


Das folhas já se veem brotos

Logo, flores e frutos

Até novas sementes

A dar sentido a esse tal de futuro


Do desejo

Da intenção

Que o vento sopre brando

Ou forte, se preciso for

Na medida para o movimento

Na direção da transformação


Que o brilho nunca falte

Aos olhos

Ao pensar

Ao coração


Que a água acalme

O respirar

Vitalize o sentir

Que o calor acolha

A dor

Revigore a coragem

Aqueça o agir


E ao vale retorne

Sempre que precisar

Resgatar a essência

A história, revisitar


Relembrar a origem

Da vida

Do amor

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